Introdução:
Em fontes patrísticas, vemos o cristianismo primitivo ridicularizado por ser uma religião cheia de mulheres.
Antes de falarmos dessas fontes, porém, devemos observar que o cristianismo primitivo recebeu essa crítica precisamente porque era muito popular entre as mulheres. O sociólogo Rodney Stark estima que talvez dois terços da comunidade cristã durante o segundo século eram de pessoas do sexo feminino. Isso era exatamente o oposto do mundo greco-romano mais amplo, onde as mulheres representavam apenas um terço da população.
As mulheres deixaram os sistemas religiosos do mundo greco-romano, com os quais estavam familiarizadas, e decidiram conscientemente aderir ao movimento cristão crescente. Ninguém as obrigou a fazer isso. Ninguém as fez se tornarem cristãs.
Pelo contrário, o Cristianismo era um pária cultural. Foi um movimento estranho em todos os tipos de formas — legal, social, religioso e políticamente falando. Os cristãos eram muito desprezados, vistos com suspeita ou desprezo, e considerados como ameaças à sociedade estável.
Mesmo assim, as mulheres aderiram ao movimento cristão primitivo.