
Num link, o autor do texto diz que algo é moralmente correto apenas quando é necessário. Se é necessário portanto é correto. Ele fornece a analogia do semáforo, que é correto porque é necessário para organização do trânsito, prevenção de acidentes, etc. Porém esse critério leva à aberrações morais.
Vou ilustrar a questão: imagine um grupo de várias pessoas isoladas em uma selva remota, imagine que todas as mulheres adultas faleceram e restam somente meninas com menos de 11 anos. Ora, baseado na lógica fornecida pelo ateu, a necessidade sexual dos homens adultos justifica a prática de estupro das meninas. A pura necessidade pode acarretar atos hediondos e portanto não pode ser base para a moralidade. Foi necessário aos planos de Hitler exterminar milhões de judeus em campos de concentração. Mas será que isso foi realmente moral? No fundo nós sabemos que a "necessidade" pode ser fator motivador de atrocidades. Outro paradigma precisa ser estipulado. Nós, teístas, sabemos que algo é correto porque o Ser Supremo estabeleceu isso. Sem a existência do Ser Superior ninguém deve se colocar acima dos seus semelhantes e ditar o certo e o errado. O próprio termo "necessidade" é muito ambíguo dando vazão a diversas definições. Necessidade em que sentido? Por que essa suposta necessidade exclui o Legislador Supremo? O autor não providenciou nenhuma razão para excluir Deus da equação. Ora, sem Deus não há base objetiva para a moralidade mas apenas opiniões que variam de acordo com a época, com o indivíduo, e a cultura vigente. Em resumo, nenhuma moral pode estar fundada num sentido genérico de necessidade, pois é um conceito amplo que abarca condutas nada humanistas. Em outras palavras, o conceito de necessidade empregado pelo autor é muito vago e proporciona muitas definições controversas que, em nenhuma hipótese, excluem o Legislador Supremo.
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