Sempre achei curioso a quantidade de católico interessado em algo que cresceu particularmente entre esotéricos e gnósticos.
A tradição tomista nunca aceitou o argumento ontológico. E sua versão modal de Gödel só é possível na cosmovisão godeliana porque ele é um pitagórico, realista exagerado (que é tradição esotérica-hermética). Ele não é nada de católico.
Para a tradição aristotélico-tomista, a matemática é post-rem, coisa que é um dos pontos de radical cisão entre esta tradição e a platonista, pitagórica etc. Qualquer católico pseudo-intelectual que crê que linguagem formal é grande coisa e crê, não compreende nada sobre.
Frege nunca conseguiu concluir o projeto de criar uma linguagem pura formal, e foi o próprio Gödel mesmo que demonstrou que o logicismo é impossível se não se pressupor primeiro que a matemática é ant-rem, e isso é contra-tomismo. Wittgenstein também demonstrou as limitações de sistemas formais para muito além de Gödel, enquanto Gödel tinha demonstrado a limitação de sistemas formais com os teoremas da incompletude, Witt demonstrou as limitações de toda a linguagem, com o problema da irredutibilidade simbólica.
Não é atoa que são poucos os filósofos analíticos, e não é porque a filosofia analítica é mais difícil e seja de competência de poucos gênios, não, é porque ela caiu em desuso , foi abandonada pela maior parte dos próprio criadores.
Qualquer leigo em filosofia que enche os olhos com linguagem analítica e tenta a estudar sem ter estudado todo o resto é mesquinho.
Texto do Douglas:
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